A publicidade com arte caminha por deslumbramentos e se afastou do objetivo: aproximar a empresa de seu público-alvo ao encantar e satisfazer o cliente …
Publicidade com Arte
“Por detrás da criação publicitária, existe numa fase formulada ou, informulada uma hipótese de marketing, uma estratégia, um objetivo.
Não a formular previamente, é por em perigo a eficácia da criação. […]
Quem tem uma estratégia clara não se sente tentado a partir numa direção estética sedutora mas estranha ao público visado”.
Além de H. Joaanis, muitos autores afirmam que a definição dos objetivos é uma etapa essencial na elaboração da estratégia publicitária.
Por isso, pode-se mesmo afirmar que constitui um conceito inerente a qualquer estratégia.
Portanto, na planificação de uma estratégia está subentendido qual o objetivo a atingir.
Os objetivos publicitários, tal como defendem os teóricos do marketing, surgem em sequência dos objetivos empresariais.
Portanto, é um aprofundado diagnóstico da situação que envolve a marca, comportamento do consumidor e concorrentes.
Assim sendo, sua definição irá produzir resultados do que se pretende obter com sua mensagem numa publicidade com arte.
Por isso que, geralmente, o objetivo pode ser medido em termos de mudança de percepção, de preferência, convicção ou de ação.
Um bom anúncio será aquele que cumpra satisfatoriamente o objetivo para que foi feito.
De entre os muitos objetivos publicitários, destacam-se:
a) Informar que uma marca ou um produto existem;
b) Estimular as pessoas a experimentar o produto;
c) Ensinar as pessoas a utilizar o produto;
d) Mostrar as múltiplas funções do produto;
e) Modificar as atitudes atuais em relação à marca ou produto;
f) Lembrar às pessoas que a marca existe;
g) Construir uma imagem para a marca.
Estratégia Criativa
A agência publicitária, sobretudo o departamento criativo, a partir da estratégia criativa (vulgarmente apelidada de Copy Strategy) vai ter a difícil função de traduzir o objetivo publicitário num “conceito ou ideia criativa”.
Portanto, esse conceito deve ser visível em cada um dos anúncios para manter o equilíbrio da campanha publicitária.
Mas, como há muitos objetivos e situações publicitários, as campanhas diferem muito entre si, pela ampla gama de bons anúncios.
No entanto, alguns serão vulgares ou normais, e por isso, fáceis de conceber.
Contudo, outros serão brilhantes e a sua criação e realização terá um mérito acrescido.
Mas, tanto uns como outros podem ser eficazes, no sentido de conseguirem concretizar objetivos.
No entanto, o que podemos observar no panorama criativo atual, tanto em anúncios gráficos como audiovisuais?
Que é uma comunicação muito afastada do anúncio informacional ou da racional USP.
Portanto, corresponde a uma realidade em que o objetivo está diluído.
Onde, já não interessa investigar o produto para fazer sobressair a marca …
O próprio anúncio da marca chega a ser completamente independente do produto, ignorando até a sua presença física.
Objetivo da mensagem
Do produto, já só importa a sua denominação, a marca ou o logotipo.
A imagem de marca anulou completamente a materialidade do produto.
E levada ao extremo, a sua realização criativa é completamente livre e praticamente independente de condicionalismos de marketing.
O objeto da mensagem publicitária está agora centrado em linhas de sentimento …
Por isso, navega por: ternura, amor, amizade, paixão, ciúme, desespero e tão diferentes e múltiplas quanto a natureza humana.
Na nossa perspectiva, este tipo de mensagem está muito mais próximo do artista do que do publicitário.
Por isso, publicidade com arte.
Ou dito de outra forma, hoje a história do anúncio começa nas pessoas do marketing com toda a informação comercial, as vantagens, a promessa e o objetivo …
Mas, vai ser concluída por artistas, os criativos, que se regem por valores estéticos.
No coração das agências de todo o mundo – no departamento criativo – é comum encontrar uma dupla criativa.
Portanto, um responsável pelas palavras, com formação em letras ou notável aptidão para a escrita.
E, o outro pelas imagens proveniente do design ou das Belas Artes.
A própria denominação profissional como: diretor de arte, redator ou diretor criativo exalta o campo estético e a importância da sua “veia artística”.
Continua …
Autor: Erivaldo Ribeiro
Juntos, podemos sempre mais!
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