Pesquisa mostra visão de mais de 140 clientes sobre o trabalho das empresas de relações públicas – pesquisa publicada no jornal O Estado de São Paulo.
Relações Públicas
Existe uma tendência na comunicação: a incorporação de negócios de RP nacionais a grandes grupos de comunicação mais associados à publicidade.
No entanto, essa tendência demorou a chegar ao País.
Mas, no exterior, o grupo Omnicom é dono de marcas de relações públicas como Porter Novelli e Ketchum.
Já o grupo WPP mantém companhias como Burson-Marsteller e Hill+Knowlton em seu portifólio.
Porém, o “tempo perdido” no Brasil, começa a ser recuperado rapidamente.
Quize dias após acordo entre o grupo ABC e a CDN, O Grupo Publicis comprou a agência Espalhe por meio de seu braço de relações públicas, a MSL.
Mas, a Omnicom comprou uma participação minoritária na InPress, que já mantinha uma parceria com a Porter Novelli.
O grupo Interpublic tem uma fatia da S2 Publicon desde 2011.
Comunicação Corporativa – Pesquisa
Fatores determinantes para a contratação
– Relações e credibilidade com a mídia – 83,1%
– Quantidade de profissionais da agência – 73,2%
– Planjamento Estratégico – 70,3%
– Ausência de conflitos de interesse com concorrentes – 62,0%
– Experiência da agência – 50,7%
Tendências do orçamento de relações públicas
– Estabilizar – 83,1%
– Aumentar – 73,2%
– Diminuir – 70,3%
– Não responderam – 62,0%
Tipos de Contratos com agências
– Anual – 83,1%
– Por projeto – 73,2%
Remuneração Variável
– Não – 86,5%
– Sim – 11,5%
– Não Sabe/Não respondeu – 6,0%
Relações Públicas e o Mercado
Segundo fontes do mercado ouvidas, há espaço para mais compras de comunicação corporativa.
Entre os grupos que estão olhando ativos no País está o WPP.
Pois, o interessse do WPP neste mercado, diz o dono de uma agência, pode envolver a estratégia de fortalecimento das operações locais da Bursone e da Hill-Knowlton, que hoje ocupam posições intermediárias no Brasil.
No entanto, profissionais de relações públicas dizem que o motivo do interesse pode ser outro.
Mas, hoje, parte do trabalho que antes era feito por publicitários está migrando para a área de comunicação corporativa.
Portanto, a linha divisória, que é clara para atividades como relacionamento com a mídia de criação de comerciais tradicionais, fica menos evidente quando o assunto é a administração de perfis de redes sociais.
Então, hoje, os dois segmentos fazem este trabalho.
A agência Ideal, fundada há seis anos, está hoje entre as dez maiores empresas de relações públicas do Pais.
Contudo, isso só aconteceu graças ao investimento em tecnologia e presença dos clientes na internet, de acordo com o sócio-fundador Ricardo César.
“Hoje, desenvolvemos algum tipo de trabalho na área digital para 80% de nossos clientes”, afirma.
“O diálogo com o consumidor mudou.
Mas, nas redes sociais, o cliente pode criticar a marca.
Então aí entra a importância de RP.”
A aposta do mercado em compras no setor de comunicação corporativa está relacionada ao preço relativamente baixo das companhias.
Entretanto, isso se deve ao tamano do segmento de RP que é muito menor do que o de publicidade.
Estima-se que o mercado de RP movimenta anualmente R$ 2 bilhões no País.
A FSB, líder do mercado nacional, fatura cerca de 160 milhões.
Segundo o Ibope, o “bolo” publicitário do Brasil somou mais de R$ 100 bilhões em 2013.
Credibilidade
Portanto, apesar do setor de RP começar a assumir novas funções, as empresas ainda escolhem as agências pela credibilidade com os veículos de imprensa.
Comprovado de acordo com pesquisa do Grupo Consultores (acima mencionado).
O estudo mostra que o mercado tem chances de crescer, já que 40% das companhias dizem ter intenção de aumentar os investimentos na área.
Autor: Erivaldo Ribeiro
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