Arte ou publicidade se fundem poderosamente em suas mais abrangentes formas, através dos meios criativos – disponíveis de arte – para se expressar …
Arte ou Publicidade …
“A publicidade é a maior forma de arte do séc. XX”, disse Marshall MacLuhan.
Se o valor do produto, ou da marca passou para o anúncio, podemos concluir que estamos numa nova etapa da história da publicidade.
Depois da Era da informação, da Era da imagem e da Era do Posicionamento, chegamos à Era da pós-publicidade.
Portanto, é onde reina uma forma híbrida – meio publicidade, meio arte – a que denominamos “publiarte”.
Antes, a eficácia da publicidade podia ser basicamente interpretada através da relação com dois tipos de objetivos publicitários.
Era o objetivo cognitivo (que é o que nós queremos que o público-alvo pense, sinta, acredite ou deseje depois de ter recebido a mensagem publicitária).
E, o objetivo comportamental (que é o que nós queremos que o público-alvo faça, ou seja influenciado para fazer).
Atualmente, o novo estatuto do produto publicitário é: o anúncio centrado em si mesmo …
No entanto, isso levanta dificuldades na sua decodificação e na resposta à questão: qual o objetivo da “publiarte”?
Esta interessante problemática coexiste no marketing comercial e social, sempre que o meio utilizado para atingir o público é a publicidade.
Mas, quando o objeto de estudo é a comunicação a causas sociais …
Então, a questão sobre qual é a mudança comportamental alcançável, torna-se ainda mais pertinente.
Quando a eficácia da mensagem da publicidade é importante para a vida em sociedade?
É quando percebemos qual o seu verdadeiro poder no desenvolvimento de estratégias de “Social Marketing: Improving the quality of life”.
Marketing Social
Como dizem Philip Kotler e Eduardo L. Roberto: “O termo “marketing social” apareceu pela primeira vez em 1971.
Portanto, para descrever o uso de princípios e técnicas de marketing para a promoção de uma causa, ideia ou comportamento social. […]
A instituição patrocinadora persegue os objetivos de mudança na crença de que eles contribuirão para o interesse dos indivíduos ou da sociedade”
Pois, o marketing social tem sido alvo de importância crescente nos últimos anos.
Por isso, podemos observar nas campanhas que variados emissores, desde o Estado, ONG’s e empresas privadas.
Resultado de uma consequência lógica da preocupação com os problemas sociais reais com que as sociedades se deparam …
Portanto, altruísmo comunitário, dirão uns, ou interesse puramente comercial ou de hipócrita notoriedade social, criticam outros.
Mas, independentemente das verdadeiras razões que levaram ao desenvolvimento do marketing social …
A publicidade é, por excelência, o meio utilizado para sensibilizar e fazer agir cidadãos, organizações e governos.
Por isso, trabalham em prol de variados projetos que defendem não os interesses pessoais dos que apoiam as causas sociais mas os de uma coletividade ou de certos grupos sociais.
Causas sociais
O grau de eficácia da publicidade nas causas sociais está condicionado, à partida, pelo teor das suas mensagens.
Por isso, são temas recorrentes do Marketing Social: prevenção na saúde, preservação do ambiente, solidariedade social e educação cívica.
Mas, a familiaridade com a temática não impede a sua problematização.
Isso ocorre pela simples razão de exigirem dos consumidores e cidadãos uma modificação cognitiva e comportamental.
O plano cognitivo sobressai quando o objetivo é fornecer informação aos cidadãos para modificarem uma “ideia social”, na terminologia de Kotler …
Portanto, isso pode se manifestar numa crença, uma atitude ou um valor (por exemplo os direitos humanos).
Mas, o plano comportamental surge nas mensagens sobre uma “prática social”.
Por isso, o objetivo a alcançar é um ato ou comportamento (por exemplo, ir vacinar), ou um “objeto tangível” (por exemplo usar cinto de segurança) para se estabelecer uma prática social.
Mas a publicidade nas causas sociais, muito mais do que condicionada pelo tema da mensagem, tem a sua eficácia reduzida …
Isso acontece, pelo problema intrínseco e atual de qualquer tipo de anúncio publicitário: o mito da criatividade.
Concluímos que – independente da causa ou motivação – podemos sim aplicar a arte ou publicidade para atingirmos os objetivos.
Portanto, não como uma alienação ou introspecção em si mesma, mas, aplicar a arte ou publicidade.
Então, utilizá-la para impactar o público-alvo com sucesso, entendimento e retorno do objetivo proposto.
Final
Autor: Erivaldo Ribeiro
Juntos, podemos sempre mais!
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