Entendemos que o paradoxo na publicidade é o veículo para dialogar com pessoas e interagir com comportamentos e hábitos no desafio da comunicação atual …
Paradoxo na publicidade
Pensar em cada conteúdo e menos na estética!
Elaborar um plano de comunicação, não para o cliente mas para o ser humano!
Este é o grande desafio na publicidade atual!
Mas, alguns fatores surgiram e fizeram com que a publicidade, o marketing, o design e outras mídias de comunicação fossem repensadas e reformuladas para diálogo com o consumidor.
Ainda, percebemos dois fatores fundamentais interagindo – hoje em dia – profundamente neste novo entendimento: o trabalho colaborativo e a globalização.
Segundo Philip Kotler, ambos são pilares do mais atual modelo de gestão – do Marketing 3.0 – no qual o foco deixa de ser o cliente e passa a ser o ser humano como um todo.
Hoje o consumidor – antes de mais nada – é ativo e participativo.
Através de diversas ferramentes e redes sociais, o consumidor participa, comenta e interage com suas redes, fortalecendo ou denegrindo sobre produtos ou marcas.
Esse consumidor plugado pesquisa e analisa todas as informações pertinentes – na internet- sobre determinado produto quando é objeto de seu desejo, trocando informações e obtendo “ajuda” em sua network com respostas imediatas e discutindo – colaborativamente – com formadores de opinião…
Publicidade é imagem
Quando qualquer marca comete uma “gafe” em relação a um produto, preços e/ou publicidade – não comprovada – isso torna-se imediatamente viral.
Por isso, a imagem e objetivos de qualquer empresa, devem ser pensados e tratados com cuidado neste universo sem fronteiras, onde a publicidade coexiste.
Quando associamos essa situação ao fator globalização, que interfere nos aspectos globais, regionais e locais, a preocupação é ainda maior.
No cenário globalizado presenciamos crises financeiras, taxas de desemprego, altos impostos, escândalos de corrupção e desvios de fortunas.
Também, são revelados pela mídia, países em guerras civis e imersos em extrema pobreza, países investindo bilhões em militarismo e indústrias que poluem o meio ambiente.
Portanto, devemos tratar esse paradoxo na publicidade com cuidado, combinando com as ferramentas poderosíssimas de compartilhamento nesta sociedade colaborativa.
Tudo isso, faz com que o consumidor se torne não só ativo, mas exigente com a relevância de conteúdo e comportamento de cada marca.
Uma empresa que utiliza mão de obra escrava.
Que não toma nenhuma iniciativa em preservar o meio ambiente.
E, faz uma leitura errada do comportamento de seu público.
E, também, usa a publicidade de forma apelativa e repetitiva, é amplamente criticada e ignorada neste contexto de sociedade plugada e participativa.
Publicidade é comunicação
Portanto, os fatos acima, fizeram com que a comunicação deixasse de ser um investimento isolado.
Eles se solidificam na estrutura do branding, interligada ao plano de negócios como representação da marca.
Por isso, o plano de comunicação tem que estar conectado aos princípios e essência da marca.
Estar alinhados ao tom de voz e diretrizes estratégicas.
E ainda, focado na criação de conteúdo relevante que faça sentido para o público-alvo.
Miles Young, CEO global da Ogilvy, uma das maiores agências do mundo, afirmou que a Ogilvy deixará de ser uma agência e se tornará uma Publisher.
Ou seja, as campanhas deixarão de ser prioridade e darão espaço a produção de conteúdo relevante.
Dessa forma, o perfil do novo profissional será semelhante ao de um jornalista.
O conteúdo deve ser a base de qualquer trabalho para esse perfil de consumidor-conectado-ativo …
O conteúdo deve ser relevante, analítico e não apelativo.
Estar integrado aos valores da marca e alinhados com aspectos sociológicos.
Pois, essa evolução é um reflexo do novo comportamento do consumidor.
Ele, portanto, configura o grande desafio deste paradoxo na publicidade como a conhecemos.
Pois, no passado o trabalho se focava em campanhas, criação de logos, folders, flyers e demais projetos publicitários, mas agora merece cuidado e reflexão …
Conclusão
Os profissionais da publicidade – agora – precisam se reinventar tornando-se ativos, colaborativos e interativos.
Pois, a passividade não é mais uma característica desse novo consumidor.
Pensar em cada conteúdo e menos na estética.
Dessa forma, elaborar um plano de comunicação – não para o cliente – mas para o ser humano.
Pois, ao conectar princípios e valores, a marca irá além de um mero buzz, gerando identificação e engajamento.
Ref.: Artigo de Gabriel Dias – 14/05/2015
Adaptado por: Erivaldo Ribeiro
Juntos, podemos sempre mais!
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